Museu Judaico de São Paulo - Templo Beth-El

 Museu Judaico de São Paulo - Consolação / Bela Vista

Bem vindos a mais um Especial Descubra Sampa! Nesta matéria trazemos informações, fotos e detalhes do Museu Judaico de São Paulo na Consolação, divisa com a Bela Vista. Nossa intenção é apenas oferecer um "aperitivo visual" e divulgar algumas informações sobre o Museu inaugurado em 05 de Dezembro de 2021, para incentivar os Paulistanos e nossos visitantes a conhecer pessoalmente este Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo, além das belezas arquitetônicas da reformada e antiga Sinagoga Beth-El e a história e costumes do Povo Judaico, Cultura enraizada em nossa cidade e história através dos imigrantes que aqui se instalaram. Conforme escrito no site do Museu: "Um local para preservar a história dos judeus de São Paulo para as futuras gerações, e assim resguardar o futuro - esse é o objetivo do Museu Judaico de São Paulo".
Vista ampla do Museu Judaico de São Paulo na Consolação
Museu Judaico de São Paulo - MUJ
Vista ampla do Museu Judaico de São Paulo na Consolação, abrigado na antiga Sinagoga Beth-El, a qual recebeu reformas de adaptação ao novo uso e restauração de sua bela arquitetura Bizantina.

A Sinagoga Beth-El - Consolação / Bela Vista

O Museu Judaico de São Paulo está abrigado na antiga, reformada, adaptada e restaurada Sinagoga Beth-El na Consolação. A construção da Sinagoga foi uma iniciativa de um grupo de imigrantes judeus asquenazes (comunidade da Europa Central e do Leste Europeu) de São Paulo que em 1926 decidiu pela construção de um novo Templo Judaico maior dos que já haviam na época, a Beth-El foi construída no período de 1927 a 1932, e para tal feito convidaram dois arquitetos para apresentarem projetos, os arquitetos Samuel Markovich Roder e Gregori Warchavchik, os dois também imigrantes judeus. O primeiro apresentou um projeto mais "tradicional" e o segundo um projeto mais Modernista, uma das características do estilo de Warchavchik. A iniciativa foi capitaneada pelas famílias Klabin e Lafer, principais financiadores da obra e para construção do novo Templo compraram um terreno da Companhia City fora das cercanias do Bom Retiro, maior reduto de imigrantes judeus na época, localizado entre o Viaduto da Rua Martinho Prado e a Rua Avanhandava, bem na divisa entre os Bairros da Consolação e Bela Vista. Entre os projetos apresentados venceu a tradição, de Samuel Roder, o qual concebeu a sinagoga em estilo Bizantino, única neste estilo no Brasil, com a edificação tendo sete lados, representando os sete dias da Criação, com arcos nos portais e janelas, um grande domo bizantino de curvatura suave na edificação central, cúpulas nas torres frontais e vitrais, composição típica do estilo arquitetônico adotado e proposto por Roder, que buscou imprimir no projeto uma identidade judaica, calcada na tradição e que agregasse a união entre as diversas correntes migratórias do Povo judeu em solo paulista, tanto que no frontão do Templo foi entalhado em baixo relevo uma inscrição em hebraico que traduzida se resume em “Que esta seja uma casa de orações para todos os povos”, a qual buscava a congregação de todos os imigrantes judeus, os quais tinham origens diversas, em um mesmo espaço comum, o Templo Beth-El. Curiosidades: 1) A edificação da Beth-El foi estruturada em concreto armado, uma das primeiras aplicações deste tipo de base de construção feita em São Paulo. 2) Warchavchik, o arquiteto "perdedor" da concorrência, supervisionou a execução da obra durante a etapa de acabamento. 3) A verba arrecadada entre a comunidade judaica para a construção do Templo acabou justamente na fase final, de acabamento, sendo que muitos dos ornamentos propostos por Roder nunca foram concretizados, ficando o mesmo sem ornatos e pinturas artísticas e nunca foram feitos, um paradoxo, pois seu interior sem ornamentos remete a um estilo mais próximo do Modernismo. 4) Após muitas décadas de reuniões e comemorações de datas festivas de diferentes gerações judaicas no Templo, o mesmo passou sob regime de comodato em 2004, para os cuidados e responsabilidade da Comissão da Associação dos Amigos do Museu Judaico de São Paulo, recém criada, para que as instalações da histórica Sinagoga fossem reformadas e adaptadas para o uso do Museu, com acordo firmado com a Congregação Israelita Ashkenazi de São Paulo, administradora da Sinagoga.
Porta em bronze do Museu Judaico de São Paulo
Porta em bronze do Museu Judaico de São Paulo
Close-up da bela Porta em bronze do Museu Judaico de São Paulo. A Obra, fundida em bronze e que ornamenta a entrada principal do Museu, retrata a passagem bíblica de Daniel na cova dos leões e foi feita em 2000 pelo artista plástico Gershon Knispel.
Vista lateral do Museu Judaico de São Paulo (fachada de vidro)
Vista da fachada lateral do Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla noturna da fachada lateral envidraçada do Museu Judaico de São Paulo. Esta parte do Museu foi elaborada e edificada na lateral da edificação original do antigo Templo Beth-El e maiores informações sobre o projeto podem ser vistas abaixo.

Museu Judaico de São Paulo - Arquitetura 

O projeto do Museu Judaico de São Paulo foi elaborado pelo Escritório Botti Rubin Arquitetos, o qual foi escolhido em um concurso batizado de “Tradição e Modernidade” capitaneado pelo Dr. Sergio Daniel Simon, Presidente do Museu, após a iniciativa ocorrida em 2000 com a criação do que passou a se chamar na época de Associação dos Amigos do Museu Judaico no Estado de São Paulo (AMJSP), a qual pôs a cabo a ideia da criação do museu temático, surgida dois anos antes. O grande desafio do projeto era restaurar e adequar a edificação em processo de Tombamento do Templo às necessidades de espaços expositivos e de manutenção do futuro acervo do MUJ, sigla adotada pelo Museu Judaico de São Paulo. A parte de restauro coube a arquiteta Adriana Ozaki do Escritório A2. O projeto do escritório Botti Rubin contemplava em um pequeno terreno contíguo na lateral do Templo, o qual era da Prefeitura, uma estrutura anexa de circulação com uma parede panorâmica de vidro para conectar todos os pavimentos, que eram ao todo em número de quatro. Com o aval da Prefeitura a estrutura foi criada, fazendo a ligação com escadarias dos andares do museu, o qual tem seu pavimento térreo no nível da Rua Martinho Prado e seu último no da Avenida 9 de Julho, ao lado e abaixo do museu. O detalhe desta estrutura que mais chama a atenção é sua lateral toda feita em armação metálica e fechada com vidros (foto acima), o que dá acesso visual do interior do museu para quem passa pela avenida e ao mesmo tempo permite a visão de parte da 9 de Julho para os visitantes do MUJ, criando uma interessante e inusitada integração do museu com a cidade. O pavimento térreo, onde fica a parte principal da antiga Sinagoga foi totalmente restaurado e passou a abrigar um dos setores expositivos permanentes do MUJ, com os dois andares intermediários abaixo reformados para receber exposições de longa duração (1º) e acolher exposições temporárias e/ou temáticas e eventos (2º), com o último estruturado com um centro de preservação artística do acervo e uma sala de educação para visitas monitoradas. Curiosidades: 1) Participaram do concurso do projeto do museu os arquitetos Roberto Loeb, André Vainer, Marcos Cartum, Paulo Bastos e os escritórios Botti Rubin e Brasil Arquitetura. 2) A lateral da edificação onde foi construída a parede de vidro era um pequeno terreno da Prefeitura, a qual doou o espaço para a Associação de Amigos do Museu para que no espaço fosse edificada a estrutura projetada. 3) As obras de ampliação e restauro do Templo Beth-El para abrigar o MUJ começaram em 2011 e só terminaram em 2019, levando mais dois anos para as adaptações técnicas necessárias para a abertura e inauguração. 4) O mezanino da antiga Sinagoga também recebeu uma atenção especial passando a ser a parte bibliográfica do MUJ. 5) O valor estimado da reforma e restauro do atual MUJ é da ordem de 60 milhões de Reais e foram custeados por doações de pessoas físicas, empresas (via Lei Rouanet) e pelo Governo da Alemanha (200 mil Euros).
Abaixo, mais fotos e informações sobre o MUJ:
Bimá (Altar) do Museu Judaico de São Paulo
Bimá (Altar) do Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla da Bimá (Altar) do Museu Judaico de São Paulo. A Bimá da foto é original do Templo Beth-El e foi totalmente restaurada, fazendo uma composição com alguns artefatos históricos expostos no setor expositivo do pavimento térreo do MUJ, com destaque para o o Aron hakodesh, a Arca Sagrada, no centro, o qual é o local de permanência e guarda dos rolos da Torá, o Pentateuco.
Painéis grafite do Museu Judaico de São Paulo
Painéis grafite do Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla lateral dos murais em Grafite pintados na parede oposta da parede panorâmica de vidro do Museu Judaico de São Paulo. As pinturas, que são visíveis externamente pela parede de vidro, retratam momentos históricos e religiosos da Tradição Judaica e foram feitas pelo artista plástico Wagner Bentes (Arieh Wagner), o qual também é antropólogo.
Painel personalidades judaicas no Museu Judaico de São Paulo
Painel personalidades judaicas no Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla lateral do Painel personalidades judaicas no Museu Judaico de São Paulo. O painel instalado logo após a entrada do museu no pavimento térreo traz imagens e nomes de personalidades de origem judaica conhecidas mundialmente, incluindo cientistas, atores, historiadores e cantores, tendo ao lado deste painel algumas telas com a projeção de testemunhos da várias pessoas da comunidade tentando definir o que é ser judeu.
Pavimento térreo do Museu Judaico de São Paulo
Pavimento térreo do Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla de parte do pavimento térreo do Museu Judaico de São Paulo logo após a entrada do mesmo, onde estão expostos o painel de personalidades citado acima e uma mesa expositória com a expografia da história do Templo Beth-El que abriga o Museu.
Poema Infinito no teto do Museu Judaico de São Paulo
Poema no teto do Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla no térreo do Museu Judaico de São Paulo do poema de Yehuda Amichai, o "Poema Infinito", grafado no teto do pavimento térreo sobre a escadaria de ligação dos pavimentos.
Projeção digital de retratos de imigrantes na cúpula do Museu Judaico de São Paulo
Projeção digital na cúpula do Museu Judaico de São Paulo
Close-up da Projeção digital de retratos de imigrantes judeus na parte interna do domo do Museu Judaico de São Paulo. Os retratos projetados na cúpula são do acervo do projeto "Retratos da imigração judaica" e trazem fotos de imigrantes judeus que vieram para o Brasil ao longo do tempo.

Museu Judaico de São Paulo - Ambientes e espaços expositivos

Para uma melhor compreensão do Museu Judaico de São Paulo, publicamos abaixo imagens, detalhes e informações sobre os espaços expositivos e ambientes de cada pavimento, começando pelo térreo onde fica a entrada do MUJ pela Rua Martinho Prado.
Expo História do Templo Beth-El - Museu Judaico de São Paulo
Expo História do Templo Beth-El - Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla lateral da mesa expositória com a expografia da história do Templo Beth-El que abriga o Museu, contendo audiovisual, imagens e documentos sobre a construção do Templo. Esta exposição fica no pavimento térreo, no hall de entrada.
Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo
Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla do salão central da Exposição "A vida judaica" no Museu Judaico de São Paulo. A exposição, de longa duração, está abrigada na parte central e principal da antiga e reformada Sinagoga Beth-El, no pavimento térreo e seu acervo apresenta objetos, roupas típicas, costumes, rituais, documentos, alimentos típicos, imagens, dentre uma vasta coletânea de preciosidades culturais relativas ao judaísmo, tendo como "estrela" principal a Bimá original do Templo, restaurado e abrigando os rolos da Torá (Pentateuco) no também restaurado Aron hakodesh, trazendo a forma com que os judeus se relacionam com o sagrado e como expressam sua religiosidade. A Bimá pode ser vista acima na imagem postada anteriormente nesta matéria e os bancos que aparecem na parte central do salão também são originais da antiga Sinagoga e foram restaurados, ganhando nova função, servindo de "auditório" para as projeções digitais na cúpula do Templo (ver acima também). Em resumo, esta exposição mostra os rituais, festas, tradições e cultura judaicas.
Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo (perspectiva da exposição)
Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo (perspectiva)
Vista ampla da Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo em perspectiva desde a parte intena da Bimá, onde ficam expostas peças relativas a religiosidade judaica. Na parte acima da foto, ao fundo, o mezanino da antiga Sinagoga, atual Biblioteca do MUJ.
Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo (vista superior desde o mezanino)
Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo (vista superior)
Vista ampla superior do salão expositivo da Exposição A vida judaica no Museu Judaico de São Paulo abrigado no salão central da antiga Sinagoga Beth-El. A foto foi feita desde o mezanino da Sinagoga, local reservado às mulheres no passado e atualmente abrigando o setor bibliográfico do MUJ.
Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo
Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla da entrada da Exposição "Judeus no Brasil - Histórias trançadas" no Museu Judaico de São Paulo. A exposição, de longa duração, está abrigada no primeiro pavimento (1º subsolo) e apresenta audiovisuais, documentos, imagens, objetos e peças do acervo do MUJ mostrando o complexo movimento migratório desde o descobrimento do Brasil de imigrantes judeus que para cá vieram de diversas partes do mundo e os motivos temporais que os levaram a migrar. Mostra também para quais regiões brasileiras essas correntes migraram e as dificuldades de adaptação nas diferentes regiões, tanto no tocante as diferenças culturais como as geográficas e climáticas, além das origens de onde vieram os imigrantes judeus ao longo do tempo, uma diversidade tremenda, trazendo consigo suas bagagens culturais de diversos países e continentes diferentes, somadas às Tradições Judaicas.
Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo (vista ampla da Expo)
Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo (vista ampla)
Vista ampla da parte central da Exposição "Judeus no Brasil - Histórias trançadas" no Museu Judaico de São Paulo, com destaque para a mesa de projeção ao centro, a qual detalhamos abaixo.
Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo (close-up da mesa de projeção)
Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo (mesa de projeção)
Close-up da mesa de projeção no centro do salão da Exposição Judeus no Brasil - Histórias trançadas no Museu Judaico de São Paulo. Na mesa/tela é apresentada uma projeção digital mostrando um mapa-múndi com a sequência de rotas de origem da migração judaica para o Brasil ao longo do tempo, abrangendo desde o ano de 1500 até a atualidade. Uma fantástica maneira de entender os pontos de origem e de chegada dos imigrantes judeus que para cá vieram, se instalaram e prosperaram.
Exposição Lembrar e não esquecer no Museu Judaico de São Paulo (painel da entrada)
Exposição Lembrar e não esquecer no Museu Judaico de São Paulo
Close-up do painel da entrada da Exposição "Lembrar e não esquecer" no Museu Judaico de São Paulo. A exposição, abrigada no primeiro pavimento (1º subsolo) na parte dos fundos, trás a lembrança do horror que foi o Holocausto para o Povo judeu durante a Segunda Grande Guerra perpetrada pelos nazistas e ressalta também a violência cometida contra outros Povos ou segmentos da sociedade até os dias atuais, trazendo a reflexão de que sempre devemos estar atentos contra todos os tipos de violência. Não recomendamos esta exposição para crianças pequenas, pois em parte dela são apresentados vídeos mostrando toda a violência cometida contra o Povo judeu nesta triste página da história da Humanidade, sendo este o motivo por estar mais "isolada" ao fundo do setor expositivo do primeiro pavimento.  Esta seção especial de exposição é o "Memorial do Holocausto" do MUJ.
Exposição Lembrar e não esquecer no Museu Judaico de São Paulo (Expo do acervo)
Exposição Lembrar e não esquecer no Museu Judaico de São Paulo (Expo)
Vista de parte da Exposição "Lembrar e não esquecer" no Museu Judaico de São Paulo onde ficam expostos objetos, documentos, imagens e itens pessoais sobre o período do nazismo e do Holocausto durante a Segunda Guerra.
Exposição Lembrar e não esquecer no Museu Judaico de São Paulo (Expo digital)
Exposição Lembrar e não esquecer no Museu Judaico de São Paulo (Expo digital)
Vista de parte da Exposição "Lembrar e não esquecer" no Museu Judaico de São Paulo onde fica o painel com telas com projeções de vídeos sobre o período do nazismo e do Holocausto durante a Segunda Guerra. * Não recomendado para crianças menores de 12 anos*.
Café Kez no Museu Judaico de São Paulo
Café Kez no Museu Judaico de São Paulo
Vista do Café Kez no Museu Judaico de São Paulo. O café, abrigado no hall de entrada do primeiro pavimento (1º subsolo), oferece um cardápio de doces e salgados típicos da Tradição judaica, uma forma de conhecer a cultura judaica através da gastronomia.
"Lodjinha" do Museu Judaico de São Paulo
"Lodjinha" do Museu Judaico de São Paulo
Vista da "Lodjinha" do Museu Judaico de São Paulo. A "Lodjinha", batizada com muito bom humor desta forma está abrigada no hall de entrada do primeiro pavimento (1º subsolo) ao lado do Café Kez e expõe a venda alguns produtos institucionais, lembrancinhas temáticas, presentes e livros especializados em cultura e questões judaicas.

O segundo pavimento do MUJ (2º sobsolo)

O segundo pavimento (2º subsolo) é o setor expositivo do MUJ dedicado às artes, onde são exibidas as grandes exposições temporárias, com Obras do acervo do Museu ou vindas de museus judaicos de outros países ou de artistas convidados, além de abrigar uma área para recepções e vernissages. Quando fizemos a visita ao Museu em Julho de 2022 para fazer as fotos desta matéria o espaço expositivo dava lugar à Mostra Botannica Tirannica, a qual destacamos abaixo.
Mostra Botannica Tirannica no Museu Judaico de São Paulo
Mostra Botannica Tirannica no Museu Judaico de São Paulo
Vista ampla da fachada da entrada da Mostra Botannica Tirannica no Museu Judaico de São Paulo. A Mostra, que ficou em cartaz de 28 de Maio a 18 de Setembro de 2022 no MUJ, foi concebida exclusivamente para a exibição no museu e sua criação foi de autoria da artista Giselle Beiguelman.
Mostra Botannica Tirannica no Museu Judaico de São Paulo (Expo)
Mostra Botannica Tirannica no Museu Judaico de São Paulo (Expo)
Vista de parte da exposição da Mostra Botannica Tirannica no Museu Judaico de São Paulo, onde a artista autora trouxe a discussão e reflexão pública os nomes preconceituosos dados a alguns nomes populares e/ou científicos de espécies de plantas, tais como "Judeu errante,  Maria-sem-vergonha, Bunda-de-mulata, Orelha-de-judeu, Peito-de-moça, Catinga-de-mulata, Ciganinha, Chá-de-bugre", dentre outros. A Mostra trazia imagens, desenhos, vídeos e algumas espécies de plantas reais para realçar e identificar o cerne da mesma.

Notas:
1) É importante salientar que o restaurado e preservado Templo Beth-El é uma das Obras principais e a maior Obra do acervo do Museu Judaico de São Paulo.
2) As exposições de longa duração e as temporárias do MUJ proporcionam aos visitantes uma imersão na cultura judaica, desde os depoimentos em vídeos da entrada até as lembranças temáticas expostas na "Lodjinha", formando um conjunto de memórias e tradições do Povo Judaico no Brasil e no Mundo compartilhadas com o público visitante.
3) O último pavimento, no nível da Avenida 9 de Julho, abriga uma sala educativa para as crianças que visitam o Museu em visitas monitoradas e a sala da reserva técnica, local de guarda e preservação das peças, objetos e Obras do acervo quando não estão em exposição.
4) Atualmente o Museu Judaico possui em seu acervo de mais de 2500 peças, entre objetos rituais, documentos, objetos pessoais, livros, mobiliário restaurado da sinagoga, vestimentas, Obras de Arte, dentre outros, muitas das quais doadas por imigrantes ao MUJ.
5) A edificação do Templo Beth-El foi Tombada pelo Conpresp em 2013 como Patrimônio Cultural de São Paulo.
6) Atualmente os serviços religiosos da Congregação Israelita de São Paulo são realizados no novo Templo Beth El localizado na Rua Caçapava no Jardim Paulista.
Torá exposta no Museu Judaico de São Paulo
Torá exposta no Museu Judaico de São Paulo
Close-up lateral da Torá exposta na Bimá do Museu Judaico de São Paulo. A peça, escrita em hebraico como manda a Tradição Judaica, pertence ao acervo do MUJ e mostra ao público visitante como é um rolo de Torá em sua parte interna.

Localização: Rua Martinho Prado, 128 - Consolação / Bela Vista.

Nosso agradecimento especial a todo o pessoal do staff do Museu Judaico de São Paulo pela calorosa acolhida que nosso Editor e Fotógrafo recebeu durante nossa visita.

Agradecemos sua visita ao Descubra Sampa e aguardamos seu retorno em breve, lembrando que temos novidades no Site três vezes por semana. Se gostou indique o Descubra Sampa aos amigos. A Cultura agradece e nós muito mais. Muito obrigado.

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